Melhores Praças para Investir em 2019

Para o FMI, o grande destaque de 2019 no campo econômico serão novamente os países emergentes. Em um momento em que a desaceleração econômica e o fim de um ciclo estão cada vez mais próximos, esses países continuarão por mais um ano a ser o motor da economia mundial. E como o Brasil entra nesta história? Muito bem. As projeções de vários investidores e entidades do mercado financeiro apontam uma posição de destaque do Brasil entre os emergentes.

Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia mundial crescerá 3,7% em 2019, patamar semelhante ao registrado nos últimos dois anos, embora com composição diferente. Se durante 2017 e 2018 as economias avançadas deram impulso ao crescimento mundial, passando do avanço de 2,34% em 2017 para 2,36% neste ano, elas experimentarão uma desaceleração no ano que vem, caindo para 2,13% em razão do comportamento dos Estados Unidos e da zona do euro.

“Toda vez que você tem um governo populista assumindo o poder, há muita incerteza. Mas uma das razoes pelas quais estamos otimistas é que o Brasil vem de anos fracos, de uma recessão. Em 2018 não foi bem, pelas incertezas eleitorais e a paralisação de caminhoneiros. Há espaço para que o Brasil cresça mais rápido. Há razões, de uma perspectiva cíclica, para ser mais otimista.”

Considerando as economias em desenvolvimento, o Brasil será uma das histórias de crescimento em 2019, em meio a uma perda de fôlego dos Estados Unidos e incertezas na Europa e na China, na avaliação do Bank of America. Para 2019, o banco estima que o Brasil crescerá 3,5% – sendo mais otimista que o FMI que espera uma alta de 2,4% do PIB em 2019.

“O Brasil é uma história feliz em um ambiente de crescimentos fracos. Nossa projeção tem como premissas as suposições de que o governo vai ser capaz de aprovar reformas fiscais e que a independência do banco central será aprovada.”, resumiu Aditya Bhave, economista global sênior do Bank of America.

IPEA

O Produto Interno Bruto do Brasil deverá fechar o ano de 2019 com crescimento de 2,7 %, enquanto a inflação deverá fechar em 4,1 %. As projeções fazem parte do estudo trimestral com análises de curto e médio prazo para o PIB, da Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do instituto, José Ronaldo de Souza, condiciona esse crescimento à implementação de reformas que viabilizem o equilíbrio das contas públicas no médio prazo, principalmente a da Previdência.

“A Previdência é o principal item de despesa do governo, porque ela tem um crescimento projetado explosivo, ao contrário de outros que se mantêm sob controle”, disse.

A avaliação dos economistas do Ipea é de que o ajuste fiscal, considerado essencial para que a economia possa deslanchar, pode ser feito por meio de contenção do crescimento dos gastos públicos. A redução anual pode chegar a cerca de R$ 100 bilhões em 2022, com reformas que reduzam o crescimento das despesas obrigatórias do governo federal.

Para que isso ocorra serão necessárias, além das alterações na Previdência, em tramitação no Congresso Nacional, mudanças na regra de reajuste do salário mínimo – a regra atual vai expirar em 2019 -, na recomposição de servidores públicos aposentados e no abono salarial.

Bloomberg

Segundo pesquisa da Bloomberg, 2019 trará uma recuperação nos mercados emergentes, com o Brasil liderando a demanda. Ações, moedas e títulos das economias em desenvolvimento encontraram um piso e provavelmente superarão suas contrapartes nos países desenvolvidos em 2019, mostrou a pesquisa de 30 investidores, comerciantes e estrategistas da Bloomberg. O Brasil foi a primeira escolha para as três classes de ativos colocadas na pesquisa: câmbio, títulos e ações.

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A chave para a reviravolta esperada para 2019 é um FED menos agressivo, que reduziu as projeções para as taxas de juros e o crescimento econômico ao elevar os custos dos empréstimos. Isso oferece alívio às nações em desenvolvimento que aumentaram seus empréstimos em dólar nos últimos anos. Um abaixamento na desaceleração da China e uma trégua na guerra comercial também ajudariam os mercados emergentes após o pior desempenho desde o susto chinês de 2015.

“Com o FED se aproximando do fim de seu ciclo de aperto, os fundos devem retornar aos mercados emergentes”, disse Hironori Sannami, trader de moedas de mercados emergentes do Mizuho Bank Ltd. em Tóquio. “Mas a situação não é tão animadora, dada a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que mantém os investidores pisando em ovos. Se essa preocupação comercial desaparecer, o apetite pelo risco poderá voltar ainda mais”.

“As ações dos mercados emergentes parecem baratas, em relação aos mercados desenvolvidos”, disse Daniel Morris, estrategista sênior de investimentos em Londres do BNP Paribas Asset Management.

Um mercado que é menos barato agora do que era no meio do ano é o Brasil, onde os ativos reagiram ao otimismo geral após a vitória de Jair Bolsonaro. Porém, os analistas esperam um crescimento acelerado ainda em 2019 caso as reformas em pauta sejam aprovadas.

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Fonte: Bloomberg

6 comentários em “Melhores Praças para Investir em 2019

  1. Anônimo Responder

    Os bancos sempre são otimistas, por isso creio que o crescimento será menor que do BoA, e o FMI quase sempre é muito pessimista, então creio que será maior que o previsto. Talvez uns 3%.

  2. Dinheiro Investimento e Lazer Responder

    O mais importante é seguir uma boa estrategia de investimento.

    No meu caso eu gosto de escolher excelentes ativos a preços descontados, que tenha uma boa margem de segurança, em setores perenes, com boa gestão.

    Feliz 2019!

    Abraço e bons investimentos.

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