O e-commerce (ou comércio eletrônico) nunca esteve tão em evidência como agora nestes tempos de pandemia do Covid-19. Com quarentenas decretadas na maiorias das cidades do Brasil, sair de casa para comprar algo é uma tarefa que deve ser avaliada com critério. Pessoas que atém então não compravam nada na internet, seja por por receio ou outro motivo qualquer, agora estão comprando por necessidade. Pessoas que já compravam agora estão comprando mais. Mas afinal, como está sendo o comportamento do consumidor nos diversos e-commerces existentes hoje no país? Um estudo inédito e completo acabou de sair para nos ajudar entender esta mudança de paradigma nas vidas das pessoas.
O estudo “Como os Brasileiros Compram Online – Relatório de E-Commerce 2020” de autoria das empresas SEMrush e Web Estratégica mostra a fonte das visitas dos 100 maiores e-commerces do Brasil. A consultoria de marketing Web Estratégica em conjunto com a SEMrush levantaram dados comparativos com 100 dos maiores e-commerces do Brasil. Os dados levam em conta a média de visitas dos sites durante 120 dias, representando o tráfego médio mensal desses sites. A análise foi feita em 100 das maiores lojas online do Brasil, incluindo também os marketplaces que atualmente dominam o cenário do e-commerce no Brasil. Colocarei aqui alguns dados que achei mais interessante mas o estudo completo pode ser baixado aqui.
Tendências de Tráfego no E-Commerce
No período analisado foram constatadas 1 bilhão e 100 milhões de páginas vistas mensalmente nos 100 sites avaliados. A proporção de visitas é de 70,3% dos acessos via Mobile e 29,7% via Desktop, em média. Nos segmento de moda, a proporção chega a 75% / 25%, enquanto nos e-commerces de tecnologia o Desktop
ainda mantém a frente numa proporção de 41% / 59%.
Em média, cada visitante navega por 4,27 páginas, sendo que nos Marketplaces o número pode chegar a até 11 páginas por visita, em média. A duração média de cada visita aos sites é de 7 minutos e 28 segundos, um número bastante alto frente à média geral de menos de 3 minutos de navegação em sites que
não são e-commerces.
Mercado Livre, B2W, Via Varejo, Cnova, Magazine Luiza, Amazon, Submarino, Dafiti, Netshoes, Máquina de Vendas, Tricae, Privalia, Leroy Merlin e os marketplaces restantes representam mais de 85% das visitas entre os sites analisados e-commerce brasileiro. Somados, Submarino, Americanas, Casas Bahia, Magazine Luiza, Amazon e Mercado Livre representam 71% da audiência entre os 100 sites analisados.
Desempenho dos Maiores eCommerces
O relatório traçou um interessante gráfico para situar o desempenho nos últimos 12 meses de cada um dos maiores sites frente ao desempenho geral do mercado. Confira algumas observações:
Interessante notar que 17 marcas ou grupos representam 85% do e-commerce brasileiro, a maioria deles são Marketplaces.
Como os Consumidores Estão Chegando nos Sites?
O estudo revela que o tráfego direto corresponde a 52,5% das visitas. Por tráfego direto entende-se aquele consumidor que foi direto para a página de vendas da loja.
24,7% das visitas são provenientes de tráfego orgânico, isto é, tráfego com origem em buscadores como o Google. A maior parte do tráfego orgânico veio do Google (98% das buscas).
Já o tráfego pago correspondem a 13,3% das visitas. Quando o consumidor clica em qualquer link ou banner de propaganda é caracterizado um tráfego pago.
Por fim tem-se o tráfego de referência (agregadores como Zoom e Buscapé, sites de cupons como Cuponomia e Meliuz, e sites de programas de fidelidade como Dotz e Livelo) com 7,7% das visitas.
Tráfego de redes sociais corresponderam a apenas 1,8% das visitas. Isto demonstra que está cada vez mais difícil retirar o usuário de dentro das redes sociais com links e postagens.
O Que os Brasileiros Estão Comprando?
As categorias com maior número de visitas foram moda/acessórios (18%), saúde/beleza (15%), eletrodomésticos (11%), smartphones (8%), livros (7%), computadores (7%), móveis/decoração (7%), eletroeletrônicos (6%), esporte/lazer (5%) e brinquedos (2%).
Análise muito interessante.
Abraços,
Olá, Bom Dia! Alimentação e Mercado não entrou nesse número?
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Excelente post!
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