Fazendas em MAPITOBA e Projeções para o Agronegócio no Brasil

Segundo relatório recente de projeções para o agronegócio elaborado por um grupo de técnicos do Ministério da Agricultura e da Embrapa, os produtos mais dinâmicos do setor nos próximos dez anos deverão ser algodão, milho, leite, carne suína, carne de frango, soja grão e açúcar. Entre as frutas os destaques são para a manga, papaya, uva e melão. O mercado interno e a demanda internacional serão os principais fatores de crescimento para a maior parte desses produtos. Neste post iremos conhecer o modelo de negócios das “Megafazendas” da região de MAPITOBA e analisar o desempenho destas empresas na Bolsa de Valores brasileira entendendo como as mesmas pretendem tirar vantagem da vocação agrícola do nosso país e desta forma gerar valor para seus acionistas.

A produção de grãos deverá passar de 196,5 milhões de toneladas em 2015/2016 para 255,3 milhões de toneladas em 2025/26. Isso indica um acréscimo de 58,8 milhões de toneladas à produção atual – um acréscimo de 30,0%.

A produção de carnes entre 2015/16 e 2025/26, deverá aumentar em 7,8 milhões de toneladas. Um acréscimo de 29,8% em relação à produção de carnes de 2015/2016.

Como destacado no relatório, esse avanço, entretanto, exigirá um esforço de crescimento que deve consistir em infraestrutura, investimento em pesquisa e financiamento. Essas estimativas são compatíveis com a expansão da produção de grãos nos últimos dez anos onde a produção cresceu 59,0% .

Projeções do Agronegócio de 2014/15 a 2024/25

Conforme apresenta o relatório da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o cenário das projeções para o ano de 2016 é de redução da safra de grãos em relação à obtida em 2015. Secas e excessos de chuvas levaram à redução da safra de grãos em 2,5% em relação ao ano passado segundo estimativas da CONAB.

Em função disto e também de outros fatores externos, os preços agrícolas no Brasil para os principais grãos e carnes mostraram-se em geral bastante acima dos níveis históricos e também em relação aos preços de 2015.

Produção de Grãos

graos arroz feijao milhoSegundo o relatório, as projeções para 2025/26 são de uma safra de grãos (arroz, feijão, milho, soja e trigo) por volta de 255,3 milhões de toneladas, e corresponde a um acréscimo de 29,9% sobre a atual safra que está estimada em 196,5 milhões de toneladas. Esse acréscimo corresponde a uma taxa anual de crescimento de 2,5% ao ano.

A área plantada de grãos deve aumentar 12,7% entre 2015/16 e 2025/26, passando de 58,2 milhões de hectares em 2015/16 para 65,6 milhões em 2025/26, o que corresponde a um acréscimo anual de 1,3%.

 

Produção de Carnes

carnes frango boi porcoAs projeções para produção de carnes mostram que esse setor deve apresentar intenso crescimento nos próximos anos e a expectativa é que a produção continue seu rápido crescimento na próxima década.

Ainda segundo essas instituições, os preços ao produtor devem crescer fortemente durante os próximos dez anos, especialmente para carne de porco e carne bovina, enquanto os preços do frango devem crescer a taxas mais modestas.

Entre as carnes, as que projetam maiores taxas de crescimento da produção no período 2015/16 a 2025/26, são a carne de frango, que deve crescer anualmente a 3,0%, e a suína, cujo crescimento projetado para esse período é de 2,7% ao ano.

A produção de carne bovina tem um crescimento projetado de 2,4% ao ano, o que também representa um valor relativamente elevado, pois consegue atender ao consumo doméstico e às exportações.

A produção total de carnes em 2015/16 está estimada em 26,3 milhões de toneladas e a projeção para o final da próxima década é produzir 34,1 milhões de toneladas de carne de frango, bovina e suína. Essa variação entre o ano inicial da projeção e o final resulta num aumento de produção de 29,8%.

O crescimento anual projetado para o consumo da carne de frango é de 2,8% no período 2015/16 a 2025/26. Isso significa um aumento de 31,8% no consumo nos próximos 10 anos. O consumo de carne de frango projetado para 2025/26 é de 12,9 milhões de toneladas. A carne suína passa para o segundo lugar no crescimento do consumo com uma taxa anual de 2,5% nos próximos anos.Em nível inferior de crescimento situa-se a projeção do consumo de carne bovina, de 1,5% ao ano para os próximos anos.

O crescimento esperado para a produção de carnes entre 2015 e 2025 é de 21% para a bobina, 31,3% para a suína e 34,6% para a de frango.

MAPITOBA

Uma região que há duas décadas era considerada esquecida no interior do Norte e Nordeste está despontando como um dos grandes celeiros do Brasil. Batizada de MAPITOBA pelo Ministério da Agricultura, hoje a região é a que mais cresce em área plantada no país. O nome é um acrônimo referente às duas primeiras letras dos estados em que faz divisa: Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. A dimensão do território é calculada em 414 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho da Alemanha, e com uma população de 1.800.000 habitantes espalhada por 337 municípios.

mapitoba mapa

Há poucos anos esta área era coberta por vegetação de cerrado e caatinga. A agricultura era considerada improdutiva. Porém, a partir de 2005 houve um fenômeno de expansão da atividade agrícola com o surgimento de fazendas de monocultura que utilizam tecnologias mecanizadas para a produção em larga escala, destinada à exportação de grãos como soja, milho e algodão. A região é hoje considerada a terceira fronteira agrícola brasileira – depois do Sul, onde não há mais espaço para expansão, e do Centro-Oeste, já consolidado.

Apesar da sua deficiência em infraestrutura, a predominância do relevo propício à mecanização, as características do solo, o regime favorável de chuvas e o uso de técnicas mais modernas de produtividade constituem os principais fatores para o crescimento da produção besta região. Enquanto a média de crescimento da produção de grãos do país é de 5%, no Mapitoba esse número atinge 20% ao ano.

A ocupação desse território remonta à época da colonização portuguesa no Brasil, com o surgimento de arraiais movidos pela mineração, a criação de gado e a agricultura de subsistência. As populações tradicionais incluem indígenas e quilombolas, raizeiros e quebradeiras de coco. A região começou a ser explorada para o agronegócio a partir da década de 1980. Agricultores da região Sul chegaram primeiro, atraídos pelas terras baratas. Logo, as pastagens extensivas em cerrados foram substituídas por uma agricultura mecanizada e áreas de irrigação.

A produção de grãos do MAPITOBA é escoada principalmente por meio da ferrovia Carajás e do porto de Itaqui, no Maranhão. No Oeste, os destaques são os portos baianos de Salvador e Cotegipe.

Megafazendas

Um novo conceito no agronegócio nacional e mundial está sendo cada vez mais estudado e explorado, são as chamadas ‘Megafazendas’, ou seja, grupos empresariais formados por fundos, investidores ou grandes produtores com metas ambiciosas de exploração de terras para a agricultura.

Estes grupos geralmente tem ações negociadas em Bolsa, controle difuso, gestão profissionalizada e planejamento estratégico. Por oferecer mais garantias aos credores, possui também acesso maior a recursos financeiros do que as fazendas tradicionais, permitindo-a investir em estudos hidrológicos, de análise de solo e no desenvolvimento de pessoas.

O maior benefício, porém, é o da escala pois, para formar uma boa margem, é preciso comprar bem os insumos e vender bem a commodity. Em outras palavras, com maior poder de barganha se faz melhor as duas coisas. A onda de investimentos ganhou força a partir de 2000, com a alta das commodities e o surgimento da nova fronteira agrícola brasileira (MAPITOBA).

fazenda ribeiro do ceu

Além do lucro na operação, as empresas ganham com a valorização da terra. Segundo a Informa Economics FNP, o preço da terra de alta produtividade em Uruçuí (PI), uma das principais áreas do MAPITOBA, subiu 256% de 2003 a 2013. Por serem maiores, as novas empresas do agronegócio conseguem negociar melhor o valor do aluguel das terras, além de obter a preferência dos proprietários por apresentarem menor risco.

É comum encontrar grupos administrando áreas superiores a 50 mil hectares. As propriedades mais extensas estão na Bahia, o primeiro Estado a atrair os agricultores, mas a consolidação chega aos outros estados do grupo. A SLC Agrícola, uma das protagonistas desse movimento – com oito fazendas na Bahia, no Maranhão e no Piauí -, planeja crescer ainda mais.

ciclo producao fazenda

O ciclo de produção se inicia no planejamento estratégico com base no cenário nacional e internacional de commodities agrícolas atuais e futuras. As definições estratégicas norteiam a elaboração do planejamento agrícola de cada ano, no qual são definidos todos os insumos necessários para a safra, dentro das peculiaridades de cada cultura. Após a aquisição e entrega dos insumos nas fazendas, dá-se o início da execução das operações agrícolas, como o preparo do solo, a semeadura, adubação, controle de pragas, doenças, plantas daninhas e colheita.

O fluxo dessas atividades ocorre durante todo o ano, principalmente nas fazendas em que as condições climáticas permitem o cultivo da safra e da 2ª safra. Após a colheita, os produtos são beneficiados e armazenados até a sua comercialização e seu transporte. O destino final das commodities agrícolas são os clientes no mercado interno ou externo.  Todo o ciclo de produção, que compreende o planejamento agrícola até a entrega ao cliente, pode levar mais de dois anos.

Desafios das Megafazendas

A produção agrícola no cerrado, onde a terra é menos fértil e as dificuldades logísticas são maiores, estimulou o desenvolvimento do modelo das Megafazendas. O que faz diferença é o ganho de escala com o uso de alta tecnologia. No cerrado é preciso “fazer a terra”, ou seja, promover consecutivas aplicações de nutrientes para melhorar a fertilidade do solo. Segundo especialistas, pata que os padrões de plantio no cerrado se assemelhem ao do Sul do país, cerca de cinco anos de melhorias nas terras são necessários.

Megafazendas na Bolsa de Valores

SLC Agrícola (SLCE3)

A SLC Agrícola, fundada em 1977 pelo Grupo SLC, é uma empresa produtora de commodities agrícolas, focada na produção de algodão, soja e milho. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em Bolsa de Valores no mundo, tornando-se uma referência no seu segmento. São 14 unidades de produção estrategicamente localizadas em 6 estados brasileiros que totalizaram 392.921 hectares no ano-safra 2016/17 – sendo 230.126 de soja, 87.440 de algodão, 71.789 de milho e 3.564 de outras culturas, tais como trigo, milho 1ª safra, milho semente e cana-de-açúcar.

SLC Agrícola (SLCE3)

Lucro líquido trimestral da SLC Agrícola: considerada a melhor empresa deste setor na Bolsa, tem apresentado bons resultados nos 4 últimos trimestres.

Ao longo de sua história, a SLC Agrícola desenvolveu uma sólida expertise na prospecção e aquisição de terras em novas fronteiras agrícolas. O processo de aquisição de terras com alto potencial produtivo também visa capturar a valorização imobiliária que as terras agricultáveis no Brasil proporcionam em função das vantagens comparativas em relação aos principais produtores agrícolas do mundo, tais como Estados Unidos, China, Índia e Argentina.

SLC Agrícola (SLCE3)

Cotação da SLC Agrícola (SLCE3): os bons resultados estão refletindo diretamente no preço da ação que duplicou de valor em 1 ano.

Brasil Agro (AGRO3)

A BrasilAgro é uma das maiores empresas brasileiras em quantidade de terras agricultáveis e com foco na aquisição, desenvolvimento, exploração e comercialização de propriedades rurais com aptidão agropecuária. Adquiriu propriedades rurais que acredita ter significativo potencial de geração de valor por meio da manutenção do ativo e do desenvolvimento de atividades agropecuárias rentáveis. A partir do momento da aquisição das propriedades rurais, busca implementar culturas de maior valor agregado e transformar essas propriedades rurais com investimentos em infraestrutura e tecnologia, além de celebrar contratos de arrendamento com terceiros. De acordo com a estratégia, quando julgar que as propriedades rurais atingiram um valor ótimo, venderá tais propriedades rurais para realizar ganhos de capital.

brasil agro

Lucro líquido trimestral da Brasil Agro: ainda apresentando resultados irregulares nos últimos trimestres.

Desde o início das operações em 2006, adquiriu um total de 12 propriedades rurais, sendo que já realizou a venda de quatro fazendas. O plano de negócios contempla a valorização das propriedades rurais como o principal vetor de retorno financeiro. Na visão da empresa, o valor de uma propriedade rural está diretamente relacionado à geração de caixa por unidade de área. Nesse sentido, busca maximizar o retorno sobre os investimentos por meio de identificação, aquisição, desenvolvimento e exploração de propriedades rurais com alto potencial de valorização; e otimização do rendimento e da produtividade de nossas propriedades rurais por meio da implementação de tecnologia e técnicas agrícolas de excelência.

agro3

Cotação da Brasil Agro (AGRO3): o preço da ação chegou a duplicar de valor de 2015 em diante mas ainda apresenta oscilações causadas pelos resultados irregulares.

Terra Santa (TESA3)

A Terra Santa, é uma sociedade anônima, constituída no Brasil, possuindo o status de Companhia Aberta deferido pela CVM em 9 de novembro de 2006. Em 10 de novembro de 2006, foi realizada a Oferta Pública Inicial de Ações. A Terra Santa, é o resultado da incorporação de três empresas: Brasil Ecodiesel, Maeda Agroindustrial (incorporada em dezembro de 2010) e Vanguarda Participações (incorporada em setembro de 2011). As duas últimas empresas, genuinamente agrícolas, consolidaram a estratégia da Companhia de adoção de um novo modelo de negócios com foco na produção de grãos e fibras. Como decorrência do foco em grãos, a Companhia promoveu um plano continuado de desinvestimento de ativos ligados ao biodiesel para concentrar todos os seus esforços na alocação de recursos para o desenvolvimento da operação agrícola. Em dezembro de 2012 a Companhia realizou um aumento de capital, onde a gestora de recursos de terceiros independente regulada pela CVM, Gávea Investimentos, adquiriu uma porcentagem significativa do capital social da Companhia.

terra santa

Lucro líquido trimestral da Terra Santa: a empresa tem apresentado sucessivos trimestres negativos. 

Em janeiro de 2013, a Companhia inicia seu processo de turnaround operacional, cujo objetivo era a busca pela eficiência operacional e rentabilidade dos negócios. Para isso, foram realizados investimentos em maquinário, solo e na criação de uma cultura organizacional eficiente, onde o “senso de dono” passa a permear todos os níveis hierárquicos da Companhia. Os resultados da conclusão deste processo começam a se tornar realidade já na safra 2014/15, quando a Companhia conquista suas produtividades recordes em todas as culturas, inclusive quando comparadas as médias do estado do Mato Grosso. Vale ressaltar também a decisão da Companhia em devolver arrendamentos localizados na Bahia e Piauí, por conta da alta instabilidade climática e baixa rentabilidade, concentrando suas operações no Mato Grosso. Uma vez concluído o processo de turnaround operacional, a Companhia passa a focar na sua reestruturação financeira com o objetivo de adequar do fluxo de caixa financeiro ao fluxo de geração de caixa operacional, o que reafirma sua convicção na capacidade de equalizar seu fluxo de caixa de curto prazo.

tesa3

Cotação da Terra Santa (TESA3): o preço da ação reflete os resultados negativos recentes.

12 comentários em “Fazendas em MAPITOBA e Projeções para o Agronegócio no Brasil

  1. CARLOS FERNANDO TELLES Responder

    BOA NOITE A TODOS AMIGOS

    ESTOU COMO RESPOSAVEL DA NOVA FRONTEIRA AGRICOLA DO PAÍS isso é a ultima fronteira mesmo!
    quero deixar a disposição de todos os investidores meu contato para apresentação em vossas empresas.

    aguardo

  2. ANDRE R AZEVEDO Responder

    Grande Uó! Excelente post, obrigado por compartilhar! Não conhecia a TESA, vou ler sobre ela com mais carinho…

    Um toque: se vc não fizer aquele truque, quem te acompanha por Feedly não verá os posts renovados. Passei aqui apenas para ver se vc tinha parado de escrever e me deparei com essa aula agrícola aqui rsrs

    Ontem postei um texto sobre blogs e blogueiros. Se quiser participar com suas opiniões, acredito que enriquece o debate!

    Abração!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Obrigado André! É um posto que começou lá no blog antigo e tenho atualizado ano a ano. Tenho que ver esta questão da atualização, confesso que ainda não me preocupei com isto, rs. Mas valeu pelo toque. Depois vou passar lá no seu blog.
      Abraço!

  3. Janota Investidor Responder

    Olá Uó!
    Estou investindo na ADM lá nos EUA. Eles têm operações aqui, utilizam terra arrendada e possuem plantas de beneficiamento (açúcar, álcool, oleaginosas).
    Infelizmente temos mais 500 anos de colonização pela frente!
    Abraço!

  4. viverdedividendos Responder

    Coinscidencia, comprei um REIT de fazenda esse mês. Vou fazer um post sobre ele, já que gosta tanto do setor, depois vc da uma olhada.

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Opa Viver!
      Já está instalado na Alemanha?
      Na verdade não gosto ‘tanto’, as margens não são lá grandes coisas pois os produtos tem pouco valor agregado, então o que conta mesmo é a escala de produção. Mas como somos um país predominantemente agro então temos que ficar atentos a este setor.
      Grande abraço!

  5. Tiago Responder

    Enquanto a média de crescimento da produção de grãos do país é de 5%, no Mapitoba esse número atinge 20% ao ano.

    no grafico temos 8% a.a.nos ultimos 9 periodos

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Opa Tiago!
      É notório que a região cresce em ritmo bem mais acelerado que outras regiões do país. É a tecnologia de larga escala em favor da produtividade.
      Grande abraço!

  6. RKinvestimentos Responder

    Achei uma matéria boa e acredito muito neste país, diferentemente dos que conseguem apenas ver a parte vazia da taça. Parabéns!
    Uo, vc investe rm SLCE3 e qual outra empresa do agronegocio?
    Abraço!
    Bagual

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Fala RK!
      Invisto na SLC e na Kepler e estou com OC lançada na Ouro Fino.
      Abraço!

  7. Doutor Honorarios Responder

    Mapitoba, lá no c… do mundo! rsrsrs… Brincadeira, não poderia perder o trocadilho.

    Eu diria “novíssima fronteira do agronegócio do Brasil”. Depois que a China se tornou o nosso maior parceiro comercial, no lugar dos Estados Unidos, a “commoditização” das exportações brasileiras ganhou ainda mais força, porque o que os chineses querem é basicamente isso. No entanto, há vários problemas, o menor deles talvez seja o desaceleramento do gigante asiático, além de problemas socioambientais, baixo valor agregado etc. Viu que o Ministro da Agricultura brasileiro se reuniu com o hermano para tratar exatamente disso?

    Abraço!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Fala Dr.!

      Realmente mesmo considerando a nossa forte vocação no setor de agro temos algumas dificuldades internas como infraestrutura e logística deficitária ou mesmo fatores climáticos que impedem que os lucros das empresas sejam maiores.

      No país do agronegócio temos pouquíssimas opções de investimento em bolsa. De cabeça listo as megafazendas como a SLC e a Brasil Agro, a Kepler que atua no setor de silos, aquelas que atiam de forma indireta como a Ouro Fino, ou mesmo as empresas do setor de cana de açúcar como a São Martinho.

      Vi que esta missão à China e outros países asiáticos pode trazer alguns investimentos no médio prazo, mas não sei se são muito preocupados com as questões sócio ambientais. O objetivo primário deste novo governo com certeza é atrair novamente o capital estrangeiro para investimentos aqui no país.

      Abraço!

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