Colchão de Segurança ou Reserva de Emergência: Você Tem?!

Você sabe o que quer dizer o termo colchão de segurança financeiro? Se não sabe então não se preocupe. Você sabe o que quer dizer a expressão reserva de emergência financeira? Se não sabe então não se preocupe também. Preocupe-se apenas em preservar o seu emprego pois desta forma você terá dinheiro suficiente para honrar as contas no próximo mês. Seu emprego é a chave da felicidade da sua vida. Ele é o que você tem de mais valioso. Tendo um bom emprego você poderá comprar o celular da última geração, poderá viajar para praia em janeiro, poderá comprar o peru do natal e o espumante para o réveillon, enfim, garantindo o seu salário a sua felicidade estará garantida. Será?!

Mas e se a crise chegar na minha empresa? Crise!? Qual Crise? O PT já caiu, a inflação tá caindo, o minério e o petróleo estão subindo, mesmo que a economia do país não melhore assim tão rápido, não se preocupe. Você irá receber o seguro desemprego e terá tempo suficiente para conseguir outro emprego. Você não precisará deixar de comprar o peru nem deixar de ir para a praia. Seguro desemprego é para isto mesmo. E outra, caso o seguro desemprego acabar antes de hora você sempre terá um parente mais “bem de vida” que poderá te socorrer nestes momentos. Família é para isto mesmo, é para ajudar, compartilhar tanto os momentos bons quanto os momentos ruins. Amigos também costumam se sensibilizar e emprestar algum dinheiro nestas situações.

Mas alguém pode ficar doente na minha família, se isto acontecer o que eu faço? Também não vejo motivos para preocupação. Veja bem, você tem um bom emprego e sua empresa lhe oferece como benefício um ótimo plano de saúde. E mesmo que você tenha tido muito azar a ponto de perder o emprego e ficar doente logo em seguida, o SUS será a sua solução. Tudo bem, você precisará esperar um pouquinho mais na fila, mas ficar sem tratamento você não ficará. E também poderá recorrer novamente aos familiares e amigos, em momentos como este sempre aparecem pessoas querendo ajudar. Se você ainda não se convenceu vou dar exemplos da vida real, pessoas comuns e pessoas famosas que não tinham colchão de segurança nem reserva de emergência…

reserva de emergencia 2

reserva de emergencia 1

reserva de emergencia 3

colchao de seguranca 1

colchao de seguranca 3

colchao de seguranca 2

Estes são exemplos da vida real. Por mais chocante que possam parecer, aconteceram de verdade e continuam acontecendo todos os dias. Em situação de extremo desespero, pessoas acabam cometendo atos extremos: O pai que coloca o filho ainda bebê à venda na internet pois não tem mais condições de mantê-lo. O eletricista que furta carne no açougue pois não tem como alimentar o filho. O caminhoneiro que perdeu o emprego e, não tendo mais reservas financeiras para manter a família, vai para a beira da estrada  expor sua situação desesperadora. A família de Limeira que, acometida por uma doença inesperada do filho, é obrigada a rifar seus bens materiais. Vejam também estes dois relatos:

“Há três anos perdi o emprego e não consegui mais colocação no mercado. Nesse período, depois de consumir todas as minhas reservas, comecei a fazer empréstimos para sobreviver e coloquei o meu apartamento à venda. Já faz 07 meses e não consigo vender o imóvel, com isso fiz mais empréstimos para cobrir os empréstimos. Enfim, a dívida hoje está em torno de R$ 120.000,00. Meu apartamento está sendo vendido por R$ 395.000,00. Até hoje não tenho nenhuma prestação em atraso, meu CPF está sem problemas, mas com essa demora na venda não sei o que fazer.”

“Há 2,5 anos, eu trabalhava numa empresa que estava passando uma fase difícil. Fiquei 6 meses sem receber salário, saí de lá, entrei na justiça. A empresa faliu, e eu levei um prejuízo de R$ 15 mil (segundo meu advogado, quando a ação vai para a vara de falências, o processo rola anos, e geralmente não dá em nada). Nesse período, fui obrigada a pegar vários empréstimos para manter as contas em dia e meu nome limpo. Quando estava com quase tudo em dia, precisei ajudar minha mãe e hoje acumulo, apenas com o banco onde tenho conta, R$ 30 mil entre cheque especial e empréstimos.”

Casos de despreparo financeiro não ocorrem apenas com pessoas simples e comuns. Artistas famosos e esportistas de sucesso também são pegos desprevenidos quando revezes na vida aparecem sem avisar. Citei os casos do jogador Amaral que perdeu uma fortuna e voltou para a casa da mãe e do cantor Belchior que sumiu do mapa deixando dívidas por onde passou. Há também o caso recente  do piloto Emerson Fittipaldi que teve os bens penhorados pela justiça devido a dívidas contraídas e não pagas; e do jogador Muller que gastou todo o dinheiro que ganhou com mulheres e outras extravagâncias. Pessoas que tiveram fortunas, viajaram o mundo e hoje estão quebradas.

Colchão de Segurança e Reserva de Emergência

Os casos citados acima tem um ponto em comum: as pessoas que se viram em dificuldades financeiras não tinham um colchão de segurança, ou se tinham consumiram o mesmo com gastos mal planejados. Desta forma, ficaram sem reserva financeira para lidar com as emergências que surgiram. Na verdade, os termos colchão de segurança e reserva de emergência tem a ver com a mesma coisa, digamos então que um colchão de segurança financeiro será a sua reserva financeira para possíveis emergências. Segundo definição do colega Valores Reais:

Colchão de segurança nada mais é do que uma provisão financeira alocada em investimento conservador, de baixo risco e de alta liquidez, que lhe permita resolver problemas financeiros sem depender do salário ou outra fonte de renda ativa, nem recorrer a empréstimos ou soluções que causem endividamento. É muito útil principalmente em épocas de crise ou acontecimentos inesperados que tenham repercussões negativas no patrimônio do investidor. Por exemplo: perda de emprego, doença na família etc.

O termo “colchão”  vem da crendice popular de que as pessoas, principalmente antes dos bancos se tornarem acessíveis, guardavam suas reservas financeiras debaixo de um colchão. Outros preferem dizer que essa denominação se dá porque, em caso de tropeço financeiro, a pessoa não cairá no chão mas terá sua queda amortecida justamente por esse colchão de segurança. Mesmo que isto pareça ser algo tão óbvio, te desafio a olhar ao redor e encontrar pessoas que praticam este tipo proteção. Sendo otimista, pode considerar que uma em cada dez pessoas possuem uma boa reserva de emergência.

Alta Liquidez

O conceito financeiro mais importante no que diz respeito ao colchão de segurança é a alta liquidez. Em finanças o termo liquidez é utilizado como medida da velocidade e facilidade com a qual um ativo pode ser convertido em caixa. Por exemplo: ouro é um ativo de alta liquidez pois pode ser rapidamente vendido. Por outro lado, uma loja tem liquidez baixa pois não pode ser vendida rapidamente.

Contudo, a liquidez possui duas dimensões: facilidade de conversão versus perda de valor. Qualquer ativo pode ser convertido em caixa rapidamente, desde que se reduza suficientemente o preço. No caso da loja, pode-se vendê-la rapidamente, desde que se coloque um preço bem abaixo do mercado.

Um ativo de alta liquidez, portanto, é aquele que pode ser vendido rapidamente sem perda significativa de valor. Um ativo é tanto mais líquido quanto mais fácil for transformá-lo em dinheiro vivo, ou seja, a liquidez pode ser entendida como a medida de interesse que o mercado tem em negociar esse ativo.

Perguntas Mais Frequentes sobre Reserva de Emergência

#1 Quando Devo Iniciar o Meu Colchão de Segurança?

Ontem!

#2 Ganho Muito Pouco e Quase não Sobra para Poupar, Preciso Mesmo ter uma Reserva de Emergência?

Um colchão de segurança pode começar com 1 centavo, 1 real ou 1 milhão de reais. O importante é começar. A sugestão é rever sua planilha de gastos para saber onde poderá cortar despesas. Mas se você não tiver uma planilha de gastos então já está tudo errado!

#3 Estou Endividado, é Impossível Montar um Colchão de Segurança no Momento, O Que Fazer?

Primeiramente livre-se das dívidas pois montar um colchão de segurança estando endividado é um contra-senso.

#4 Qual Deve ser o Tamanho do Colchão de Segurança?

Você já deve ter ouvido por aí que um colchão de segurança deve ser suficiente para cobrir 6 meses de gastos, ou 12 meses, ou 24 meses, etc. As opiniões divergem pois segurança é um conceito relativo. Cada um possui um critério diferente para caracterizar a sua segurança. Além disto, há outros fatores que precisam ser considerados como por exemplo o tipo de empregador da pessoa (empresa privada ou governo), a situação do cônjuge (empregado ou não empregado), etc.

Veja por exemplo o caso da família cujo filho entrou em coma. Só para os gastos mensais são necessários 4 mil reais. O tratamento no exterior foi estimado em 150 mil reais. Então, se você for estipular um valor para a reserva de emergência para questões de saúde, não bastará fazer o cálculo tendo como referência os gastos correntes, dependendo da doença a ser tratada os valores podem ser exorbitantes. A conclusão é óbvia: quanto mais você conseguir acumular na reserva de emergência mais tranquilo você ficará.

Há também outros meios de proteção a serem considerados, seguro de doenças é um deles. Eu por exemplo contratei um seguro para mim e para minha esposa para doenças graves como câncer.  O recebimento é em vida, ou seja, se recebido um diagnóstico médico como este, receberemos uma valor X estipulado que ajudará pagar os custos com tratamento.

Portando, avalie com critério a sua situação atual e tente visualizar possíveis infortúnios futuros. O que aconteceria ser você ficasse uma ano desempregado? Sendo você um empresário, o que aconteceria se sua empresa ficasse um ano no vermelho? O que aconteceria se você ou um ente familiar próximo tivesse uma doença grave?

#5 Posso Usar a Reserva de Emergência de Vez em Quando para Aproveitar uma Boa Oportunidade?

Aqui é que mora o perigo. Muitos cidadãos de bem, apesar de serem bons poupadores, não suportam ver dinheiro parado por muito tempo. Oportunidades aparecem na nossa vida o tempo todo, pode ser uma liquidação de verão, uma ação que “caiu muito” na bolsa, etc. Você vai ficar tentado a “pegar emprestado” uma parte dua sua reserva para aproveitar a promoção, com o compromisso, lógico, de devolver no mês que vem com juros e tudo mais. É como se você tivesse tomando um empréstimo com você mesmo.

Imagine que você então pegou este empréstimo para comprar a ação que caiu muito. Na semana seguinte ela caiu mais, e continuou caindo nas semanas seguintes. E nada da ação começar subir novamente. Depois descobriu que o dono da empresa estava enganado, achou que ia descobrir petróleo mas o poço estava seco!

Mas então imagine que você fez o auto-empréstimo só para comprar o iTelefone 14R na black-friday ao preço de 4.400 reais. Porém, na primeira semana de dezembro você recebeu uma carta de demissão no lugar do décimo terceiro. E agora, como você irá pagar este empréstimo para você mesmo?

#6 Como Deve ser Formado o Colchão de Segurança?

Esta talvez seja a pergunta que mais atormenta os colegas investidores, mas aqui também não há consenso. Os mais puristas dizem que colchão de segurança deve estar na velha e boa poupança. Outros argumentam que deixar dinheiro parado na poupança é perder poder de compra.

Atrevo-me a dizer que se você não entende nada de investimentos então seu lugar é na poupança mesmo, nem pense em tentar rentabilizar melhor o colchão de segurança pois as chances de você não ter mais a reserva no período da emergência são grandes.

Caso você transite bem por outras modalidades de investimento basta ter atenção ao quesito alta liquidez. Lembre-se que não basta aumentar a rentabilidade da reserva de emergência, é preciso que a mesma esteja prontamente disponível sem perda de valor nas situações da saque imediato.

Para rentabilizar melhor a reserva de emergência o mais comum é escolher uma ou duas opções de renda fixa. Tem colegas que dividem o colchão entre títulos do governo e outras modalidades de tenda fixa com liquidez imediata. Deixam um mínimo na poupança e distribuem o restante em LFTs, CDBs, etc.

Não sou expert em renda fixa, aliás, entendo muito pouco de renda fixa. Se me perguntar o que é mais atrativo hoje em termos de rentabilidade e liquidez não saberei te responder. Porém, alguns colegas la do Twitter me ajudaram nesta questão. Confira…

33 comentários em “Colchão de Segurança ou Reserva de Emergência: Você Tem?!

  1. Pinguim Investidor Responder

    Olá, Uó.

    Triste mesmo ver quão destruidor é um imprevisto financeiro pra quem não tem uma preparação para lidar com emergências, especialmente a reserva. Planejamento financeiro não começa com o investimento, começa na reserva, e muita gente acaba por confundir os dois e dizer que qualquer RF serve de reserva. Aí mora o perigo!

    Aporte hoje em dia não é mais questão de segurança financeira, é segurança de vida!

    Continue com os ótimos posts e vamos lá.

    Abraços e seguimos em frente!

    Pinguim Investidor
    https://pinguiminvestidor.com

  2. cachaceiro viajante Responder

    Ábaco ou Uo (pq Uo?).
    Conheci ontem seu blog e estou adorando seus posts. Vc escreve de forma harmoniosa e didática, o que nos facilita e muito a compreensão. Acho a reserva de emergência fundamental. A cada dia q passa ficamos mais velhos e maiores a chances de infortúnios, seja com nós ou familiares.
    Abração

  3. Investidor Educador Responder

    Boa noite Abacus,

    Como sempre, um excelente artigo, sua forma de escrever está melhorando cada dia mais, parabéns.

    Sobre a reserva de emergência, como você mesmo disse, não tem uma fórmula exata, é adaptável a cada um, no meu caso, deixei 15% na poupança do Santander, 35% no Tesouro Selic (LFT 2021) e os 50% restantes em CDB do Banco Intermedium, demorei um pouco para fazer este colchão, mas foi a melhor coisa que fiz, após o colchão pronto, fiquei muito mais tranquilo e seguro para investir, sem contar que não preciso ficar desesperado a cada notícia de corte de pessoal na empresa.

    Abraços.

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Bom dia Educador!
      Muito bacana sua distribuição de reserva. Obrigado por compartilhar. Então também demorei para montar a minha, mas uma hora tem que fazer.
      Grande abraço!

  4. Investidor Maluco Responder

    Boas,

    colchão de segurança vc só vai ver a importância dele quando precisar hahaha

    Dei muitaaa atenção a ampliação do meu colchão pq águas turbulentas estão para vir por aqui! Eu já estou prevendo problemas então resolvi parar com os investimentos e aportar lá na velha poupançudo da caixa 😀

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Boas!
      Prevenir sempre é melhor que remediar. Espero que tudo dê certo por aí.
      Abraço!

  5. Investidor Livr3 Responder

    Grande Uó,

    Parabéns por mais um post excelente!

    A minha reserva de emergência, atualmente, corresponde há um ano das minhas despesas mensais. Quanto a divisão dela, 2/3 da mesma estão alocados em Poupança, e 1/3 em CDB. Estou satisfeito com essa divisão e espero não precisar mexer nesse dinheiro tão cedo, rs.

    Mas o pior de tudo é saber que em um momento de crise, como o que estamos passando agora, a maioria das pessoas não tem absolutamente nada guardado!

    E eu não tenho dó não. Cada um que arque com as suas decisões!

    Abraços.

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Fala I.L.
      Você está bem seguro, parabéns!
      Uma questão que vejo com recorrência é que os controlados acabam arcando com as dificuldades dos descontrolados, principalmente em ambiente familiar.
      Abraço e obrigado!

  6. André Rezende Azevedo Responder

    Excelente lembranças Uó! Não possuir o colchão é pedir para pequenos tropeços tornarem a vida um desastre. Para formar esse colchão, o que mais falo para o pessoal é reservar uma parte do salário para ele ASSIM que o receber. E se vire até o final do mês. O famoso “pague-se primeiro”.

    Grande abraço!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Sim André!
      Acredito que o que impede as pessoas de criarem a reserva seja mesmo o consumismo. Eu era assim, gastava tudo que ganhava. Tem muito agente que ainda pensa que viver é consumir e deixar dinheiro guardado é deixar dinheiro para herança.
      Grande abraço!

  7. Buscando o Primeiro Milhão Responder

    Uó as estratégias são várias. Essa que foi comentada do Socinal é boa mas tem um risco, o dela quebrar e seu dinheiro ficar preso! Tudo bem que até 250k tem o FGC mas e daí? Se ela quebrar você perde sua reserva de emergência então acho mais interessante ter algo em Tesouro Direto Selic que te segura por uns 6 meses e depois de ter esse valor aí sim parte para esses bancos, corretoras e financeiras menores para aproveitar essas oportunidades. Se acontecer de quebrar e seu dinheiro ficar preso lá, você tem 6 meses de contas pagas e nesse tempo o FGC paga o que ficou lá.

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Realmente as opções são muitas. Talvez montar uma reserva em camadas seja uma boa, tipo:

      camada 1: poupança
      camada 2: LFT
      camada 3: CDB

      Grande abraço!

  8. Anderson Responder

    Olha esse título, rs.

    Ótima matéria, Uó!

    A reserva de emergência é importantíssima, o mais incrível é perceber que ela não é formada pela maioria das pessoas. Pior! Ela não é nem abordada numa relação pai-filho, é como se não existisse. É algo tão básico… muita gente recebe o primeiro salário do primeiro emprego, mas não correm a montar uma RE, gastam tudo! Deveriam buscar, mesmo que com o apoio financeiro e de moradia dos pais, uma reserva tão logo trabalhassem.

    Abraço!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Até que meu pai abordou, mas eu custei a entender o significado, rs.
      Valeu Anderson!

  9. Lucienio de Lima Responder

    O conhecimento mais importante é o dos aspectos gerais, das estratégias. Exemplos: a importância da liquidez e o fato de que uma estratégia pode ser ótima para uns, mas não se adequar a outros. Os exemplos práticos enriquecem muito os fóruns, blogs e canais. Gosto muito dos conteúdos empíricos, práticos, baseados em exemplos concretos. São muito fracas aquelas matérias jornalísticas que falam, falam, falam, mas não dizem nada, não dão exemplos, e, no final, você fica com aquela sensação de que perdeu seu tempo em ler aquela matéria. Mas também não devemos nos apegar aos detalhes. Por exemplo: o CDB a 105% do CDI com liquidez diária já não está mais disponível, e amanhã pode ser que apareça outra opção interessante de produto. Se apropriar dos “insites” e das sacadas que os colegas internautas compartilham e, a partir daí, harmonizar essas ideias com a sua própria realidade e necessidade é o caminho que cada um tem que percorrer. Informações se desatualizam, cenários mudam, mas o conhecimento permanece. Parabéns, UO, por compartilhar conhecimento!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Pois é Lucienio, conhecimento é tudo. Quem tem conhecimento tem o mundo. E compartilhar conhecimento é muito gratificante. Sim, cada um tem uma forma diferente de investir. Eu por exemplo não tenho nenhum CDB. Minha estratégia de reserva de emergência é bem diferente da sua. Mas fiz questão de publicar aqui a sua pois a considerei mais segura para o investidor em geral.
      Grande abraço!

  10. Ramiro Gomes Ferreira Responder

    Ótimo post, Uó!

    É impressionante como muitas pessoas negligenciam a construção de uma reserva de emergência antes de começar a investir!

    Eu recebo muito a pergunta de “como investir com pouco dinheiro?” e percebi que a maioria das pessoas que têm esta dúvida ainda não formou a reserva financeira…

    Considero este assunto tão importante, que já o abordei integralmente em dois posts no Clube do Valor!

    Grande abraço!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Opa Ramiro!
      O assunto é importante mesmo, vale a pena ficar repetindo. Água mole em pedra dura… rs
      Mas como falei logo abaixo, cada pessoa tem um tempo para virar a chave. Algumas nunca viram. Eu virei a minha só depois dos 30.
      Nunca é tarde para começar, que seja com 1 centavo.
      Abraço e obrigado!

  11. Luciano Silva Responder

    Muio bom. Poderia dar mais alguns detahes do seguro-doença?
    Qual a seguradora, valor do prêmio, como funciona, etc?

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Bom dia Luciano!
      Minha seguradora é a Prudential. Na verdade é uma pacote que engloba segura doença, seguro morte e seguro invalidez.
      Hoje e pago um total de 561 reais já incluindo o da minha esposa.
      Se você tiver interesse em conhecer posso indicar uma analista, ele lhe fará uma visita.
      Abraço!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      O próprio Luciênio tinha corrigido no post anterior mas tinha me esquecido de corrigir aqui…

      Luciênio disse: 23/11/2016 às 11:02
      Corrigindo… A LC da Financeira Socinal chega a rodar 118% do CDI, e não 188% como digitei erroneamente.

  12. Cleiton Oliveira Responder

    A reserva de emergência é fundamental para atravessar as adversidades da vida. Conheço muitas pessoas que poderiam pelo menos amenizar seu sofrimento se tivessem constituído ao longo da vida sua reserva de emergência. Podemos acompanhar nestes últimas dias o quanto as pessoas são vítimas dos acontecimentos, devido a mudança das regras da aposentadoria.

    Se tivessem o hábito de possuir uma reserva de emergência e posteriormente investir o dinheiro para seus objetivos como: viagem, compra do imóvel e mesmo aposentadoria, não veríamos tantas lamentações e perda de poder aquisitivo na terceira idade.

    • Lucienio de Lima Responder

      Concordo plenamente, Cleiton! Geralmente tendemos a acreditar que o cenário atual sempre será o mesmo, e que as coisas não vão mudar. Mas, ao longo da vida, em algum momento, é certeza que todos irão passar por turbulências. Nem mesmo os servidores públicos estão a salvo. Estão aí as mudanças das regras da Previdência… e o parcelamento do salário dos servidores do Rio de Janeiro em 7 vezes então! Quem não tem reserva com certeza está tendo dificuldades.

      • Ábaco Líquido Autor do post

        Pois é Lucienio, turbulências sempre vamos passar. eu por exemplo sou microempresário e por um problema operacional na minha empresa fiquei 18 meses sem retirar nem pro-labore. Foi como se eu tivesse ficado 1 ano e meio desempregado. Neste período meu filho nasceu. O parto foi em uma das melhores maternidades daqui e fiz questão de escolher o melhor quarto e ainda paguei os médicos pois o plano não cobriu o parto. Dois meses depois comprei um carro zero para dar maior segurança ao bebê. Foi um momento difícil que passei do ponto de vista financeiro mas graças a um planejamento não faltou nada para a família. Neste tempo o salário da esposa bancou a maior parte das despesas, mas isto só foi possível graças a uma diminuição prévia dos gastos. Hoje a esposa, que é funcionária do estado de Minas, está passando por situação difícil pois o governo está deficitário. Os pagamentos são escalonados e as parcelas vão caindo ao longo do mês. Enfim, as dificuldades vão mudando ao longo do tempo. Mas se nos preparamos não seremos afetados. a não ser que seja uma catástrofe, um enchente por exemplo que leve a casa inteira rio abaixo. Mas até para isto existe meios de prevenção.
        Abraço!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Cleiton.

      Lembro-me que quando jovem meu pai falava para montar uma reserva de emergência. Eu não dava importância ao que ele falava, estava de certa forma me amparando na própria reserva dele. Comecei a trabalhar e ganhar dinheiro, mas gastava tudo que ganhava. era um consumidor nato. Só fui de fato montar minha reserva após os 33 anos de idade, depois que me casei. Demorou para a ficha cair.

      O consumismo é o mal que afeta este mundo, a satisfação imediata. O ponto a ser observado é que cada pessoa tem uma momento de inflexão, quando passa a dar mais valor à segurança financeira do que para o consumo. Os mais afortunados percebem isto antes dos 30 ou mesmo antes dos 20. Mas a grande maioria vai perceber isto nas piores condições possíveis, infelizmente.

      Abraço!

  13. Luciênio de Lima Responder

    Parabéns UO, você escreve muito bem! Obrigado pela Referência. Estou acompanhando seu blog, e tenho lido matérias muito interessantes. Grande abraço!

    • Ábaco Líquido Autor do postResponder

      Eu que agradeço Luciênio. sua explicação ficou show, O espaço estará sempre aberto para outras abordagens, sinta-se em casa, rs
      Abraço!

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